Sei que a minha opinião pouco interessa, mas aí vai!
Há dias, Cavaco Silva dizia aos Portugueses que quem não fosse votar perdia a legitimidade para depois refilar com os eleitos.
Será que António Capucho não ouviu?!...
Capucho foi convidado para deputado e declinou pelas razões que aqui se relembram. Quando o PSD e Portugal dele precisaram... roeu a corda. Vem agora dizer que... e que... e que... com que legitimidade?!...
Que Passos Coelho não pode arriscar perder a eleição de Nobre na AR?!...
Não pode, porquê?
Em primeiro lugar, cumpre a palavra dada aos Portugueses e só isso já devia valer 100% da opção a tomar. Em segundo lugar, respeitará o resultado da votação democrática na AR. E em democracia perde-se e ganha-se, mas perde-se sempre quando não se tem palavra. Passos Coelho parece dar sinais de que tem palavra e cumpre. Perante isto, António Capucho, do alto do seu pedestal, o que diz? Pois, sim, até é importante respeitarmos a palavra dada, mas uma derrota é mais comprometedora do que respeitar compromissos assumidos. Olhe que não!
O PSD e os Portugueses estão fartos de opiniões e de quem não cumpre a palavra. Se Nobre não for Presidente da AR, não vem mal ao mundo. Mas se Passos começar a não respeitar a sua própria palavra, começaremos a pensar que não valeu a pena a mudança. Será isso que António Capucho quer que se pense?!...
No fundo, a verdade é que muitos altos quadros do PSD estão, agora, arrependidos de não terem alinhado com Passos. Estava na cara que não tinha hipóteses contra Sócrates, não era? Aquelas sondagens repetidas à exaustão enervavam qualquer ser político. E era tão fácil apanhar os cacos deixados por Passos Coelho, se tivesse perdido. Pois enganaram-se! Os Portugueses querem mesmo mudar de vida e estão FARTOS DE QUEM NÃO CUMPRE A PALAVRA!
Que Passos Coelho nunca esqueça isso ou a sua liderança será breve.
Quanto a António Capucho, pense lá melhor no significado de Democracia. Perder não é vergonha nenhuma. Vergonha é ganhar com esquemas. Vergonha é não cumprir o que se promete. Vergonha é considerarmo-nos de tal modo superiores aos outros que não só "não votamos", como ainda nos reservamos o direito de dar conselhos mesmo que não necessários.
Que o Dr António Costa diga o que disse de Nobre, entendo (António Costa - cujo nome foi falado para a sucessão de José Sócrates mas que recusou esse desafio - disse no programa da SIC Notícias, Quadratura do Círculo, que, se fosse deputado, votaria a favor de Fernando Nobre. Para Costa o nome deveria ser respeitado e merece o benefício da dúvida).
Se o disse por bem, tanto melhor. Se o disse na esperança de ainda poder deleitar-se com um Presidente inexperiente na AR a comprometer o PSD, tanto pior.
Se o disse por bem, tanto melhor. Se o disse na esperança de ainda poder deleitar-se com um Presidente inexperiente na AR a comprometer o PSD, tanto pior.
Que António Capucho não respeite o lugar que o próprio Cavaco Silva indicou a quem não faz o que lhe compete em termos de responsabilidade e dever cívico, não quero entender!
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